Como viestes em boa hora querida,
Falaste tudo em teu balbuciar...
Cantaste meu pranto amargurado,
Meus olhos contrastados,
As letras que não posso expressar.
Hoje fostes espelho,
Interprete de um silencio que fulmina,
De passos aparentemente escurecidos,
De desejos, sonhos, esperanças...(gemidos)
Nem a dor que sinto me inflama tanto,
Ela dói...(pontadas na barriga)
Mas não como tu,
Estrela que se tornou desesperança, cinzas...(raiva)
Como poderia eu restaurar-te?
Te mostrar a luz que se apaga e por vezes me contamina?
Já não ouves os pequeninos,
Não os deseja mais em seu ninho...
Eles chamam...
Gritam...
Choram, choram, choram e choram...
Mas tu agora apenas escuta grunhidos.
Lamento, lamento...
Meu peito gemerá eternamente ao ver tua ruína,
Esta sentença que a ti mesma sentencia,
Uma prisão que sobre ti,
Somente a ti predomina.